Não há exagero ao afirmar que as medidas para conter a disseminação da covid-19 fizeram dos meios de pagamentos digitais uma necessidade, e o fato é que esse modelo, cada vez mais, vem se consolidando no país sua diversidade, agilidade, eficiência e praticidade — além de continuar em plena evolução tecnológica.

 

Vale ressaltar, aliás, que segundo a consultoria IDC, em parceria com a empresa de tecnologia Infobip, o Brasil é o país da América Latina que mais realiza compras on-line desde o início da pandemia, em 2020. Por essa razão, neste artigo trazemos algumas das principais tendências para o setor nos próximos anos, a saber:

 

  1. Unificação da jornada do cliente

Quanto mais ágil for a experiência do cliente com determinada marca, maior será a chance de engajamento e fidelização. Gateways (meios de pagamento que fazem a intermediação entre a loja virtual e a instituição financeira através de soluções tecnológicas) inteligentes, que oferecem ao cliente uma jornada eficiente e fluida de integração do on-line com o off-line, representam uma tendência ascendente que trará ganhos significativos em rapidez e produtividade.

 

  1. Pagamentos realizados por meio de super apps como como o WhatsApp se tornarão cada vez mais comuns

Em 2021 alguns aplicativos passaram a oferecer o serviço de pagamentos — apesar de não serem destinados a tal finalidade. E o desenvolvimento desse tipo de funcionalidade em apps como o WhatsApp (por exemplo), atrelada a uma interação eficiente por meio de IA (Inteligência Artificial), se tornará cada vez mais relevante para o engajamento de clientes nos tempos que virão.

 

  1. NFC (Near Field Communication)

A tecnologia NFC permite que dois devices troquem dados, a uma distância de centímetros, por meio de um chip instalado nos aparelhos — e possibilita a realização de transações e pagamentos em estabelecimentos que disponibilizem terminais de cartão de crédito e conexão adequada.

 

  1. mPOS (Mobile Points of Sale)

Outra tendência para o futuro dos meios de pagamentos digitais, o mPOS realiza a comunicação entre dois dispositivos mobile, com a leitura do cartão de pagamento (débito ou crédito), por meio de bluetooth ou NFC — de maneira segura e descomplicada. O sistema oferece, ainda, outras vantagens como atualização do cadastro do cliente, geração de relatórios financeiros e envio de faturas por e-mail.

 

  1. Carteira móvel

Carteiras móveis são ferramentas eletrônicas (apps), baixadas em smartphones, que utilizam dados pessoais e informações financeiras para possibilitar a realização de operações com privacidade e segurança. Também podem interagir com sistemas de loja e e-commerce para transações imersivas envolvendo pagamentos, cashbacks e formas inovadoras de crédito. Os consumidores, assim, obtêm mais segurança — uma vez que não precisam transitar pelas ruas com dinheiro em espécie.

 

  1. Biometria

Em vez de decorar senhas de vários cartões, os consumidores poderão realizar transações de maneira segura e confiável por meio de um processo simples de identificação biométrica com reconhecimento facial. Uma das vantagens desse modelo, vale ressaltar, é diminuir o contato com máquinas de cartão e outros equipamentos — aspecto de suma importância nos tempos em que vivemos.

 

  1. Cashless (sem dinheiro)

Sistemas cashless são bastante seguros e possibilitam a aquisição de produtos sem a necessidade de pegar a carteira no bolso ou se preocupar em ter dinheiro em espécie. Essa tecnologia pode ser reproduzida por meio de aplicativos, cartões RFID e até mesmo em pulseiras de aproximação que facilitam o pagamento. A ideia é que o consumidor possa inserir créditos no dispositivo ou configurar transações bancárias, permitindo mais controle de gastos — uma vez que o portador gastará apenas o dinheiro da recarga.

 

  1. Criptomoedas

As criptomoedas podem ser definidas como ativos financeiros virtuais com tarifas baixas e ausência de impostos — e representam outra tendência significativa para o varejo. Segundo pesquisa realizada pela CoinsPaid no Brasil, 36,3% dos entrevistados se interessariam em pagar com criptomoedas por suas compras em lojas físicas. Os demais as usariam apenas em circunstâncias específicas: 9,1% em lojas com nome forte ou familiar, 10,6% para compras de grande valor e 7,1% para itens de pequeno valor. Em outras palavras, 63,1% dos brasileiros estão prontos para adotar pagamentos em criptomoedas pelo menos em algumas circunstâncias.

 

Tecnologia e inovação

Essas são algumas das principais tendências para os meios de pagamentos digitais nos próximos anos. Tal cenário, vale ressaltar, evidencia a importância do aprimoramento, por meio das mais avançadas inovações tecnológicas, da experiência do consumidor ao longo da jornada de compra — condição sine qua non para o êxito do negócio, especialmente diante da concorrência cada vez mais acirrada no setor de varejo.